terça-feira, 28 de janeiro de 2014

SAI UM RUIM, ENTRA UM PIOR... PORQUE OS PREFEITOS ELEITOS EM JANDUÍS NÃO LEVAM A ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO A SÉRIO?

 Uma aprendiz de Feiticeira ou o médico dos doidos?

Por Danilo Eclesiastes - Redação

Uma coisa é certa: ninguém (exceto os radicais da oposição) esperava que a administração da então primeira prefeita mulher de Janduís/RN, a ‘jovem’ Lígia Félix fosse o desastre que está sendo. Eleita com uma diferença de pouco mais de cem votos, Lígia era a esperança de dias melhores em Janduís, cidade até então castigada por um governo PTista considerado por uma parcela significativa da população como sendo ditatorial, que administrava a prefeitura com punhos de ferro, sem em momento algum ouvir e consequentemente respeitar a voz e a vontade do povo; provas disso são, por exemplo, a reforma da praça Sta. Terezinha que contrariou a vontade da maioria das pessoas que não queriam a mudança e como já era de se esperar ficaram insatisfeitas com o novo modelo; a construção equivocada de uma ‘bendita’ praça por traz do cemitério, sendo que era (sem duvida alguma), preferível a ampliação deste pois já faz um bom tempo, senhoras e senhores, que não há mais onde enterrar “os cadáveres dos defuntos mortos que já faleceram”, (desculpem, mas é que até que seria, de certa forma cómico, se não fosse evidentemente trágico), lembrei até daquela estória de uma cidade que o prefeito teve que baixar um decreto proibindo rigorosamente as pessoas de morrerem porque não havia mais espaço para túmulos no cemitério, sem contar que a praça fica na ‘beira da estrada’, fator que indubitavelmente aumenta os riscos de acidentes; enfim, muitos foram os descasos do “doutor”, que vão desde contrariar a vontade do povo até fechar os olhos para as falcatruas das empresas (in)responsáveis pela execução das diversas obras que foram entregues ao novo governo inacabadas e repletas de irregularidades, que por sinal tem dado uma boa dor de cabeça a Lígia. A propósito, até hoje, “ninguém” sabe por que cargas d´água durante oito anos só praticamente duas empresas de Janduís ganhavam as licitações da prefeitura. De qualquer forma, mesmo com tantas irregularidades e ainda que quiséssemos (o que não é o caso), não haveria como negar o fato de que Salomão Gurgel foi (sem viés de duvida) o prefeito que mais trouxe benefícios para Janduís, sendo assim, talvez então o que tenha acontecido foi o povo não ter simpatizado muito com sua candidata, Nailka Saldanha (ex-secretária de Assistência Social), ou então simplesmente não queriam mais o PT governando a cidade; em fim, o fato é que é a tão esperada mudança veio e conforme anunciavam os carros de som da candidata tucana Lígia Félix: “(...) quando o povo quer não tem jeito”.

Pois bem, como dissemos no inicio, o que a maior parte não esperava era que uma vez eleita, Lígia fosse conduzir os trabalhos da prefeitura do modo como está fazendo, ou seja, totalmente desorganizada (para não usar outros termos). Certo que ela recebeu uma prefeitura como muitos problemas: obras paradas por irregularidades, contas e mais contas pendentes, etc. etc., todavia a principal questão não é essa, a questão é: o que ela juntamente com sua equipe tem feito para resolver os problemas que o antigo gestor deixou? Alias no Brasil, embora existam leis proibindo claramente uma gestão de deixar pendencias financeiras, quase todos o fazem e não da em nada, como dizem: “isso é Brasil”, leia-se: pais da impunidade, do jeitinho brasileiro e da corrupção. Voltando, os problemas ficaram, e ai? O que foi feito para resolvê-los ou mesmo quais já foram resolvidos? Resposta: pouquíssimos, uma parcela quase imperceptível, ou seja, probleminhas básicos, tipo, copos faltando no hospital, ou carência de material de expediente nos setores administrativos, dentre outros, mas e os grandes entraves, como o famoso ‘rombo’ de nove milhões, quanto já foi pago? Ou das mais de quatorze obras paradas, quantas já foram retomadas? Ou mais especificamente, o que essa nova administração tem feito de novo na cidade? É fácil dizer: exclusivamente o básico, ou seja, limpeza das ruas, escola (ainda funcionando precariamente e com uma boa parcela dos profissionais insatisfeitos), saúde (deixando a desejar), segurança (quase que ineficiente, aqui entra a devida parcela de culpa do outro descaso que é o Governo do Estado); em outras palavras, após mais de um ano, praticamente nada de novo foi ou tem sido feito na “terra das algarobas”, perdão, tinha esquecido que a prefeita mandou arrancar pelas raízes as famosas algarobas que tão bem

caracterizavam a cidade, pois bem, disse ‘praticamente’ porque salva-se uma única obra no perímetro urbano. Iniciada ano passado, a obra é um calçamento de uma pequena rua, só que o interessante é que já terminou o prazo faz tempo e a obra encontrava-se até um dia desses meio que abandonada, recentemente retomou-se os trabalhos na mesma, porém, a ‘passos de tartaruga’, como alias tudo em nosso país... Por falar em algarobas... Lígia inescrupulosamente repetiu um dos grandes erros de Salomão, ou seja, em momento algum consultou a população e, sem mais nem menos de repente mandou arrancar todas aquelas arvores da avenida principal. Resultado: grandiosa e negativa repercussão nos jornais, redes sócias, telejornais do Estado e principalmente população indignada/revoltada por não ter sido consultada sobre mais uma mudança radical na paisagem da cidade...

Deixando todas essas questões um pouco de lado, atentemos para a seguinte analise dos fatos: se a administração do médico Salomão Gurgel foi marcada pela forma ditatorial de conduzir os trabalhos da prefeitura, descaso no setor de execução das obras e problemas de ordem financeira, a da bacharela em direito, Lígia Félix, lamentavelmente não vem sendo muito diferente. Tal afirmativa se baseia no fato de que uma parcela razoavelmente significativa de seus próprios seguidores e defensores, aliás, ex-seguidores e defensores vem apontando seu governo basicamente como um governo de incompetência e perseguição política. É interessante observarmos que aparentemente os eleitores da prefeita estão bem mais insatisfeitos com a forma como Lígia administra a cidade do que a oposição em si. Ora, ora, quem diria que após apenas um ano o numero dos que “acreditavam” iria diminuir tão drasticamente, de maneira que o que mais se comenta nas ruas de Janduís é que se a eleição fosse hoje, a atual prefeita não conseguiria mais se eleger nem para vereadora, cargo que ocupou durante oito anos. E como se não bastasse, além da oposição e situação está insatisfeita, ainda tem os vários fornecedores que já suspenderam seus materiais ou prestação de serviços em virtude do não pagamento ou atraso (não citaremos aqui os nomes dos mesmos por uma questão de ética). Não da para entender, não era justamente ela que enquanto candidata tanto defendia a importância de se pagar em dia e respeitar os prazos e tal? Sim, tem também a própria equipe administrativa que por não está tendo as condições imprescindíveis de trabalho e nenhuma autonomia em tomar as decisões concernentes a sua pasta, estão aos poucos entregando os cargos, (salvo as tradicionais exceções, ou seja, os famosos babões) os que ainda não o fizeram continuam trabalhando único e exclusivamente por falta de opção, em outras palavras, basicamente por uma questão de sobrevivência sujeitam-se a continuar no navio que lamentavelmente está afundando. Só para se ter uma ideia, em 2013 passaram pela SEMECD (Secretaria Mun. de Educação, Cul. e Desporto) nada mais nada menos que quatro secretários (as), pode isso Arnaldo? Sabe-se nitidamente que o motivo de dois deles, por sinal, pessoas extremamente competentes e dedicadas terem entregado o cargo foi simplesmente porque não tinham absolutamente nenhuma autonomia, o que é contraditório porque se são “cargos de confiança” então subtende-se que determinada pessoa é de confiança da prefeita, quer dizer, era pra ser, mas Lígia aparentemente só confia em sua mãe, suas três irmãs secretarias e demais familiares que compõem seus cargos comissionados; sendo assim camarada, fica difícil para os demais desenvolverem um bom trabalho, por mais que queiram. Outro fator que vem causando descontentamento em sua equipe é a falta de dialogo com a prefeita, Lígia raramente se reúne com seu pessoal, e quando o faz é na correria de maneira que isso vem afastando mais ainda a gestora do “seu povo”. Não custa nada de vez em quando parar um pouco para conversar com sua equipe (semelhante como fazia na campanha eleitoral) até porque tem coisas que só da pra resolver diretamente com o gestor maior. Não precisa ser uma conversa demorada, mas sucinta e objetiva. Particularmente acredito que isso contribuiria e muito para um bom trabalho de todos (as).

É triste ver a classe artística janduiense (que até 2012 era referencia em todo o Rio Grande do Norte) externando continuamente nas redes sociais, blogs, etc. a extraordinária falta de interesse da dita cuja em dialogar com os mesmos. Sem o apoio da prefeitura, os artistas seguem fazendo o que podem para

continuarem desenvolvendo um bom trabalho na cidade e região, o que evidentemente não é fácil. Não podemos de forma alguma também deixar de citar a falta de dialogo com profissionais da educação e consequentemente a insatisfação destes. Para se ter uma noção do descontentamento da classe, acesse: http://sindiserj.blogspot.com.br/

Você deve está se perguntando: porque cargas d’água Lígia vêm insistentemente fazendo todas essas coisas? A resposta é simples: despreparo e imaturidade para administrar e principalmente por sua notável preocupação em fazer perseguição politica; tais fatores se evidenciam e se comprovam cada vez mais em suas ações do cotidiano e em seus discursos repletos de termos incoerentes, rancorosos e dignos de desprezo.

Por ultimo, convém mencionar ainda que até essa data, ninguém sabe afinal de contas quem realmente da a palavra final na prefeitura, se é Lígia “a prefeita”, ou se é Estela, sua irmã e Secretária de Finanças, Tributação, Trabalho, Habitação e Assistência Social, ou ainda se é Maria, a mãe de ambas que desnecessariamente está ao lado de Lígia vinte e quatro horas.

Problemas administrativos existem e vão continuar existindo em todos os municípios independentes do quanto o gestor trabalhe, todavia, espera-se no mínimo que este (a) tome as devidas providencias e busque equacionar a todos na medida do possível e conforme forem surgindo, deixando de lado os seus interesses ou intrigas pessoais, bem como suas divergências politicas, fazendo assim a coisa acontecer, com maturidade, sinceridade e dedicação, que afinal de contas é sinteticamente o que se espera de quem damos o nosso precioso voto de confiança. Por falar em sinceridade, esses dias Lígia andou demitindo alguns de sua equipe sob o pretexto de redução de gastos, todavia poucos dias depois a mesma nomeou outros no lugar daqueles que saíram (aparentemente sem motivo algum) e ainda nomeou mais outros para mais cargos comissionados, o que fragiliza mais ainda as finanças deste pequeno município, vai entender essa contradição... a menos que os que saíram eram na verdade uns incompetentes... Será? Antes de tirarmos conclusões precipitadas, que tal darmos uma olhada nos currículos destes e ver o que os mesmos fizeram enquanto ocupavam seus cargos?! Por hora, como infelizmente ainda não dá pra esperar muita coisa (boa) da administração “Com Fé, Paz e Povo”, resta-nos usarmos o bordão que de certa forma marcou a vitória da primeira mulher prefeita de Janduís, ou seja: “aceita que dói menos”, então aceitemos (?) todos os inúmeros descasos, tanto esses que deu para mencionarmos aqui como os inúmeros outros; quem sabe assim esses três anos restantes passam mais rápido.

Então, a realidade em Janduís tem sido basicamente essa: sai um ruim e entra um pior, e assim o povo sofre sem saber quem realmente seria “a pessoa certa” para administrar a cidade; se bem que sempre que acreditamos ter encontrado a “a pessoa certa”, esta ao chegar ao poder muda quase que completamente e assim torna-se em pouco tempo ‘a pessoa errada’; em fim, só Jesus na causa, e em Jesus sim: Eu Acredito!

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