segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Políticas públicas para crianças e adolescentes são discutidas em audiência na AL

 
Entidades ligadas ao público jovem e candidatos a prefeito de Natal assinam carta compromisso “Por uma infância melhor no RN”

“A criança é o ente mais frágil da estrutura familiar, por isso é nosso dever resguardá-las para que tenham um crescimento saudável”. A afirmação é da deputada Márcia Maia, propositora da audiência pública realizada na manhã de hoje (27) e que tratou das diretrizes para o planejamento e execução de políticas públicas para crianças e adolescentes. O documento possui 22 itens e os compromissos apresentados são reflexo de propostas apresentadas pela 9ª Conferência Nacional dos Direitos das Crianças e Adolescentes. Participaram da audiência os candidatos Fernando Mineiro, Carlos Eduardo Laves, Robério Paulino, Roberto Lopes e Osório Jácome, que é candidato a vice na chapa de Hermano Morais, tendo em vista que o mesmo está se recuperando de uma cirurgia.

A deputada Márcia Maia afirmou que a intenção do documento é assegurar que, depois das eleições deste ano, o gestor escolhido pela população trate como prioridade as políticas públicas para criança e adolescente. “Teremos uma política de Estado. Vamos transformar um sonho em realidade. Vamos garantir, ao lado de instituições importantes, que o ser humano seja sempre a prioridade do Governo. hoje os candidatos a prefeito, a vereadores, têm a oportunidade única para colocar criança e o adolescente no centro da administração municipal”, declarou.

Para o coordenador do CAOP da infância e da adolescência, o promotor de Justiça Leonardo Nakashima, o compromisso firmado hoje se traduz em ações. “Gostaria de me dirigir aos candidatos a prefeito e representantes de partidos políticos. As crianças e adolescentes são esquecidos, os conselhos tutelares funcionam sem estrutura alguma. Temos uma Constituição Federal que garante prioridade absoluta às crianças e adolescentes, mas não vemos isso. Encontramos crianças e adolescentes nos canteiros, foram da escola, usando drogas, sendo exploradas sexualmente. Qual resposta devemos dar à sociedade? E vocês candidatos, que resposta devem dar? Se não firmamos um compromisso em fortalecimento da família, que resposta daremos ao futuro dessas crianças? Nenhuma”, afirmou.

Segundo Nakashima, se os gestores e as entidades que se dedicam às crianças e adolescentes não conseguirem extrair do papel que esse público é prioridade, os casos de exploração, violência, drogas irão aumentar. “Rogo aos senhores candidatos que priorizem as políticas públicas para crianças e adolescentes. Solicito, como promoter de Justiça, que tratem isso como algo importante para a sociedade, que seja uma obrigação de vocês. Estamos aqui porque somos parceiros. Peço este documento rogue todos os dias como uma oração. O que nós queremos é que não mais existam crianças na rua, que não sejam exploradas sexualmente, que não trabalhem mais, que tenham direito à saúde e educação”, declarou o promotor.

A vice-presidente do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (Consec), Iêda Gomes, também se colocou à disposição, em nome da entidade, para trabalhar em parceria com os gestores. “É um momento importante e gostaria de dizer que o Conselho Estadual quer trabalhar o gestor público. Para mim política deveria ser um sacerdócio. Deveriam servir. Não compreendo um político que serve-se do poder público, do dinheiro do povo. A obrigação dos candidatos é cumprir seus compromissos. Que a criança e o adolescente se torne prioridade absoluta”, declarou.

Outras informações
Assessoria de Comunicação AL/RN

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