sexta-feira, 9 de setembro de 2011

No Dia Internacional contra o Analfabetismo, Fátima defende mais recursos para a educação


Num mundo totalmente interconectado, em que trilhões de palavras circulam diariamente pela internet, ainda há 793 milhões de pessoas que não conseguem ler palavras singelas como casa. No Brasil são 14 milhões de brasileiros com mais de 15 anos que não sabem ler, escrever e fazer contas simples. “É quase 10% da nossa população que não teve direito ao ensino e que ainda continua analfabeta. Para acabarmos com essa vergonha, temos de ter 10% do PIB (Produto Interno Bruto) investidos em educação”, defendeu a deputada Fátima Bezerra, em entrevista hoje (8/9) à Rádio Câmara, em matéria sobre o Dia Internacional contra o Analfabetismo, estabelecido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura).

 
Na entrevista, a deputada lembrou que o índice de analfabetismo no Nordeste é de 19%, quase o dobro do país, 9,7%. “É uma vergonha que precisamos resolver”, afirmou. Ela lembrou que a erradicação do analfabetismo estava prevista no PNE (Plano Nacional de Educação) expirado este ano, e que a meta continua para o plano em discussão na Câmara dos Deputados (PL 8035/10). Na entrevista, Fátima Bezerra detalhou as metas cinco e nove do PNE que tratam, respectivamente, da alfabetização de todas as crianças até oito anos de idade e da redução do analfabetismo até 2020, com redução em 50%, no mesmo período, do analfabetismo funcional.

 
“Para que isso ocorra, devemos tornar o ensino fundamental e a educação de jovens e adultos mais atraente, com currículos atualizados, sendo garantida a formação e a valorização dos profissionais do magistério”, defendeu a parlamentar.

 
Ela lembrou que o fracasso do PNE em vigor se deve à falta de financiamento, já que na época da sanção da lei, o então presidente Fernando Henrique Cardoso vetou o artigo que propunha o investimento de 7% do PIB em educação, percentual que está sendo proposto hoje pelo governo federal. “Para que o mesmo erro não ocorra, temos de garantir, agora, 10% para a educação. Só dessa forma o novo PNE não se transformará em outra bela carta de intenções”, argumentou Fátima Bezerra.