quarta-feira, 28 de julho de 2010

Convivência de Garibaldi com o DEM fica bastante abalada

É tensa a convivência do senador Garibaldi Filho (PMDB) no palanque da senadora e candidata ao governo pela Força da União, Rosalba Ciarlini (DEM).

Nos últimos dias, o senador costurou apoios para si, individualmente, em todas as direções. O único critério exigido era que o apoiasse. O resto, dane-se.

O exemplo mais retumbante ele deu, publicamente, na sexta (23), em Mossoró, ao ser proclamado como escolhido pelo grupo da deputada federal Sandra Rosado (DEM) para ser o segundo voto ao Senado.

Mossoró é o principal reduto de Rosalba e do próprio senador José Agripino (DEM), com quem faz dobradinha.

Pior mesmo é para o senador Agripino. Está caindo por terra o "voto casado" que a propaganda da Força da União vinha pregando, pela reeleição de ambos.

Há quem tenha notado até mesmo moderação ou aminésia seletiva, de Garibaldi, quando o assunto é a adversária Wilma de Faria (PSB).

A briga pelas duas vagas ao Senado fez Garibaldi abrir os olhos nos últimos dias, com pesquisas qualitativas em mãos.

Na pré-campanha, ele chegou a ter mais de 60% de intenções de votos. Com o passar do tempo passou a enfrentar queda livre, enquanto Agripino e Wilma não pararam de crescer.

O temor de Garibaldi é justificável. Com uma disputa tão renhida como essa, claro que o DEM vai priorizar apoios para Agripino e à própria eleição de Rosalba.

Sua tentativa de sobrevivência pode até ser censurável, em alguns aspectos, mas é plenamente compreensível.