segunda-feira, 22 de março de 2010

Retórica e sofisma no PMDB do RN - Eleições 2010



A engenharia que o PMDB do G (Garibaldi Filho) e do H (Henrique Alves) promove, para se dividir em dois, na campanha potiguar deste ano, pode ter graves consequências. O redemoinho é intenso até aqui.

É pouco provável que, em qualquer das hipóteses, saia uma sigla inteira e afinada com seus líderes, os primos senador Garibaldi e deputado federal Henrique.

Henrique tem dito em entrevistas, que "a prioridade é a reeleição de Garibaldi". Não é bem assim.

Se não formalizar coligação do PMDB com o PR e outras siglas na proporcional, o partido certamente não reelegerá o próprio Henrique para o 11º mandato federal. Isso é lógico.

O quociente eleitoral para federal deverá estar acima dos 205 mil votos, talvez chegue a 210 mil. Significa dizer que atuando numa faixa própria, Henrique sozinho - ou com alguns nomes de menor expressão na legenda - terá de obter esse quantitativo sozinho.

Na campanha de 2006, o quociente eleitoral ficou pouco acima dos 202 mil votos. A votação mais expressiva foi Fábio Faria (PMN) em sua primeira eleição, conquistando 195.148 votos (12,02%). Mesmo assim, não seria eleito com essa montanha de votos. Precisou da complementação de outros somaram com ele na coligação governista.

O PMDB marcha mesmo para se aliar com PR e outras legendas da base do presidente Lula (PT) e da governadora Wilma de Faria (PSB). O senador Garibaldi Filho que faça sua escolha: seguir o partido ou debandar para um suicídio político, na direção do DEM.

À luz do entendimento majoritário que se tem da legislação eleitoral, não é possível Garibaldi estar em dois palanques ao mesmo tempo. Sequer o direito de pedir votos para outro candidato, que não esteja no rol das siglas de coalizão do peemedebismo.

Com base nessas observações, não é difícil ser identificada qual a prioridade do PMDB do Rio Grande do Norte. Óbvio: Henrique Alves.

O resto é pura retórica e sofisma.