quarta-feira, 13 de janeiro de 2010




Vejo entrevista do deputado Robinson Faria (PMN) hoje na Tribuna do Norte, que merece ter alguns trechos pinçados, para que eu e você (webleitor) analisemos.Observe.

Ele afirma que em 2006, ao recusar ser vice de Garibaldi Filho (PMN), passou a apoiar a postulação de Wilma de Faria (PSB), sob a promessa de que seria candidato agora em 2010, com seu apoio.- Foi na casa dela e eu sonhei e acreditei nisso - choraminga.

Ele queixa-se do favorecimento governista ao vice-governador Iberê Ferreira (PSB), pois imagina ser muito mais viável.

"Ninguém acreditou em meu projeto para ser governador", aponta.

Nota do Blog -

"Pare o mundo que eu quero descer!" Uso essa frase de uma letra de música do compositor Sílvio Brito, dos anos 70, para me recuperar da entrevista.

Como um homem de tamanha experiência política como Robinson, diante de uma eleição (2006) que ainda se realizaria, já se sentiu "candidato" apoiado por Wilma em 2010?

Esse raciocínio insulta a inteligência de qualquer um ou o faz um atoleimado.

O mesmo entrevistado afirma que seu projeto de ser governador não suscitou confiança no governismo. Nem nele.

Robinson sai por só encontrar espaço, no máximo, para vice de Iberê. Entretanto não se arrisca em faixa própria. Será candidato a governador? Claro que não.Caminha para ser vice do outro lado ou mesmo outra vez candidato a deputado estadual, apostando em manutenção da presidência da Casa.

Conhecido como um político de compromisso, o parlamentar pode pesar de forma decisiva na aliança com o DEM da senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Pesou em 2006 na eleição de Wilma.

Isoladamente ele não decide nada. Se fosse diferente, lógico que seria candidato ao governo. Política é soma. Ele soma. Em política, nem tudo que está escrito, vale. É diferente do jogo do bicho: vale o que está escrito.

Carlos Santos