segunda-feira, 17 de agosto de 2009


O que os números dizem e escondem à disputa do Governo.

Que os números da pesquisa Ibope (realizada entre 8 e 9 deste mês) têm a dizer? O resultado da sondagem para Governo e Senado, divulgado em primeira mão pelo jornalista Ricardo Rosado em seu blog, ontem (sexta, 14), não causou qualquer surpresa. Pelo menos a mim.Vamos tentar dissecá-los.Para o Governo, é visível a vantagem da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) com 40%. Distante quase um ano e dois meses do pleito, ela tem uma boa densidade de intenções de votos, mas não pode se empolgar.Na soma dos demais adversários, que teoricamente fazem parte do bloco governista, ela fica atrás. Carlos Eduardo Alves (PDT), Robinson Faria (PMN), João Maia (PR) e Iberê Ferreira (PSB) totalizam 41%.É importante ainda assinalar que Branco/Nulo com 14% e Não Sabe/Não Respondeu com 5% completam esse elenco de informações básicas. É com elas que trabalhamos. Reitero o que já afirmei em outros comentários, sobre meu entendimento da pré-campanha, projetado para o teatro de guerra da disputa no próximo ano: Rosalba Ciarlini tem nome em vias de cristalização. Ela possui sustentação de baixo para cima. Ou seja, amparo em respaldo popular.É cedo para se afirmar, porém, que a senadora saltará para patamar inalcançável ou possa ter chegado ao seu limite. Faltam dados mais claros, qualitativos, a uma avaliação mais consistente. O governismo tem pulverização de pré-candidatos, mas nenhum com solidez ou capacidade - até aqui - de galvanizar os demais. Se não conseguir marchar junto, é pouco provável que faça o sucessor de Wilma de Faria (PSB). Esse é o dilema desse grupo, maior do que saber quem será o seu candidato.Vale lembrar que o senador Garibaldi Filho (PMDB) passou toda a campanha de 2006 com intenções de voto na casa dos 48%. Mesmo assim perdeu as eleições para Wilma, que se reelegeu.Cedo, portanto, para alguém delirar com vitória ou qualquer oponente jogar a toalha.Num quadro político confuso como o do Rio Grande do Norte, nada parece definitivo.